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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

SKATE QUANDO É JOGO E QUANDO É ESPORTE

SKATE QUANDO É JOGO E QUANDO É ESPORTE
O skate teve sua origem na Califórnia, por volta do início da década de 60.
Tudo começou quando surfistas queriam encontrar uma maneira para se divertirem nos dias em que as ondas estivessem fracas.
Foi então, que tiveram a idéia colocar rodinhas de patins na parte inferior de uma tábua de madeira, foi aí que surgiu o skate.
A prancha de madeira foi nomeada como “shape”.
Logo foi considerado um esporte, e em 1965 foram fabricados os primeiros skates e organizados os primeiros campeonatos.
O maior skatista de todos os tempos foi Tony Hawk, que até hoje é influencia e inspiração para quem pratica o esporte.
Hoje, os grandes campeões de campeonatos de skate, são skatistas do Brasil e dos Estados Unidos.
As competições de skate geralmente acontecem em dois dias. No primeiro dia, os competidores são avaliados por juízes, que elegem os finalistas em relação ás manobras que foram executadas por eles e o grau de dificuldade das mesmas. No segundo dia, que é a final, os skatistas tem duas chances de apresentar o percurso, e o competidor que fizer se sair melhor, segundo os jurados, e acumular mais pontos será o campeão.
O skate é considerado um esporte radical que requer equilíbrio. 

Pode ser praticado em qualquer lugar asfaltado.
Existem muitos locais, como parques, praças, clubes, com pistas apropriadas para este esporte.
Não podemos esquecer de que, como todo esporte radical, o skate é perigoso, por isso é muito importante que se utilizem os acessórios de segurança para evitar as terríveis contusões.

JOGO E ESPORTE: AS RELAÇÕES COM O TEMPO
Tentar definir o jogo não é tarefa fácil. Quando se pronuncia a palavra jogo cada um pode entendê-la de modo diferente. Pode-se estar falando de jogos políticos, de adultos, crianças, animais ou amarelinha, xadrez,... Por exemplo, no faz-de-conta, há forte presença da situação imaginária; no jogo de xadrez, regras padronizadas permitem a movimentação das peças. (KISHIMOTO, 1997, p. 13).

JOGO
    A utilização do jogo e sua importância para a educação já foram estudadas por importantes teóricos, tais como Bruhns, Freire, Huizinga, Kishimoto, Piaget. Estudiosos do tema parecem chegar a um consenso quanto à amplitude que o vocábulo jogo pode apresentar e discutem os caminhos para se chegar a uma definição para o termo.
    Assim, é que alguns tratados sobre a educação começam a destacar o jogo como função educativa. A obra De pueris instituendis de Erasmo, também elucida a utilização lúdica. A educação bem-sucedida é aquela que leva gradualmente do lusu (divertimento), que convém às crianças, ao ludus literarius (a escola), passando pelos ludus (jogo): “O papel será o de levar ao estudo a máscara do jogo’’ (Erasmo, 1966 In: Duflos, 1999).
 Segundo Huizinga (2007),
    Jogo “é uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma consciência de ser diferente da vida cotidiana” (HUIZINGA, 2007, p. 33).
Seguindo definição de jogo, a proposta dessa abordagem busca a possibilidade de transformar a realidade em que os alunos se encontram e proporcionar uma reflexão sobre a prática do jogo, tanto num sentido conceitual quanto atitudinal. O jogo é um elemento tão antigo na história do homem que o leva a ser questionado como um elemento natural ou cultural da espécie (HUIZINGA, 2007).
    Infelizmente, muitas vezes, os professores tendem a separar o trabalho do jogo na realidade escolar, deixando de envolver essa indispensável ferramenta no processo de aprendizado, delegando à mesma apenas os poucos momentos de recreação.
    Seguindo essa definição de jogo, a proposta dessa abordagem busca a possibilidade de transformar a realidade em que os alunos se encontram e proporcionar uma reflexão sobre a prática do jogo, tanto num sentido conceitual quanto atitudinal. O jogo é um elemento tão antigo na história do homem que o leva a ser questionado como um elemento natural ou cultural da espécie (HUIZINGA, 2007).
Para Kishimoto (2000), a brincadeira é o jogo infantil, não existindo diferença significativa em termos estruturais entre ambas as atividades. Os significados, para a autora, seriam próximos àqueles usados pelas línguas inglesa e francesa, que se valem do mesmo termo (to play e jouer, respectivamente), para se referir às duas atividades.
    Ludicidade que, para Huizinga (2001), é um elemento da cultura humana e se manifesta nas  diversas atividades dos agrupamentos sociais, das artes às manifestações bélicas.
  Huizinga (2007) destaca certas características essenciais do jogo, tais como:
    Uma atividade livre, conscientemente tomada como ‘não – séria’ e exterior à vida habitual, mas ao mesmo tempo capaz de absorver o jogador de maneira intensa e total. É uma atividade desligada de todo e qualquer interesse material, com a qual não se pode obter qualquer lucro, praticada dentro de limites espaciais e temporais próprios, segundo certa ordem e certas regras (HUIZINGA, 2007, p. 16).
    Percebemos que jogo também pode ser, muitas vezes, assimilado como uma prática desportiva e, nesse contexto, portanto, pode ser visto como uma atividade tanto lúdica como competitiva.
    Nessa relação conceitual entre jogo e esporte, podemos afirmar que o esporte é apenas uma das manifestações de jogo, dentro de um contexto bastante socializado e universal. Porém, Bruhns deixa claro que não se deve restringir o jogo,
 Como imposição de regras, modelos, busca de rendimento, recordes, medalhas, juízes, capitães, etc., que, se por um lado, caracterizam o esporte, acabam descaracterizando o jogo, o qual apresenta componente como a espontaneidade, a flexibilidade, o descompromisso, a criatividade, a fantasia, a expressividade, etc., com características culturais próprias (BRUHNS 1996, p. 39).
 Huizinga (2007) critica as abordagens sobre o jogo que sempre relacionaram esse fenômeno a algo extrínseco a ele. Esse autor mergulha na direção de descobrir a função do jogo em si mesmo, a sua significação, pois ele vê forma e conteúdo no jogo, um significante, a beleza, e um significado, o divertimento para os jogadores e, inclusive, a sua significação social. Fugindo das análises biológicas e psicológicas do jogo, que não atingem o seu cerne, o seu fundamento.
Freire alerta: Resta, portanto, buscar o significado do jogo, não mais na caracterização infindável de partes que o compõem, mais sim na identificação dos contextos em que ocorre. Seguramente há um nicho... que acolhe o jogo e lhe permite manifestar-se, o único ao qual ele se adapta. É nesse ambiente que temos de penetrar para tentar compreender o fenômeno jogo (FREIRE, 2005a, p. 58).
Freire (2005a) faz diversos apontamentos sobre ser professor e suas práticas no cotidiano escolar. Nesse sentido, esclarece que uma aula, embora eficaz, não se basta e não se esgota no momento de sua realização, pois a missão de cada disciplina é mais que ensinar conteúdos específicos, ensinar para a vida.
Diante dessa constatação, Freire (2005a) apresenta uma experiência positiva, utilizando estratégias diferenciadas do jogo como proposta de modificar o fracasso escolar.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em vez de ver no jogo o lugar de desenvolvimento da cultura, é necessário ver nele simplesmente o lugar de emergência e de enriquecimento dessa cultura lúdica, essa mesma que torna o jogo possível e permite enriquecer progressivamente a atividade lúdica. O jogador precisa partilhar, conhecer e entender dessa cultura para poder jogar.
O conjunto das regras nos jogos disponíveis para os participantes numa determinada sociedade compõe a cultura lúdica dessa sociedade e as regras que um indivíduo conhece compõem sua própria cultura lúdica, representada pelo jogo. O fato de se tratar de jogos tradicionais ou os jogos recentes não interfere na questão, mas é preciso saber que essa cultura das regras individualiza-se, particulariza-se. O diversificado cenário de conceitos, definições e possibilidade conforme diversos autores ao longo da história é um meio privilegiado de acesso à cultura do jogar.


ESPORTE
O esporte tem se constituído, segundo Cruz(1989), num dos fenômenos sócio-cultural mais importante do século XX. Por este motivo ele tem mobilizado um número enorme de pessoas, materiais, instalações e recursos nas competições e estás baseado na produção do atleta no esporte um momento em que toda a responsabilidade está nas mãos de um só atleta.
Para preparar um atleta é importante os fatores físicos, técnicos, táticos e psicológicos, isso é importante para alimentar  o seu rendimento.
Segundo Becker Jr (1995) o treinamento Psicológico é um programa de preparação composto por diferentes técnicas que proporcionam ao atleta  ou praticante de exercício aprendizagem, manutenção, aperfeiçoamento, objetivos e metas a serem compridos.
Betti (1991) descreve o conceito de esporte como a palavra  esporte em sua origem significa diversão, e até hoje serve de base para quase todas as definições                                                                                                        atuais. È uma ação social institucionalizada composta por regras, que se desenvolve com base lúdica, em forma de competição entre dois ou mais oponentes ou contra a natureza, cuja objetivo é, por meio de comparação de objetivos, determinar o vencedor ou registrar o recorde. Os resultados alcançados pelos praticantes são resultantes das habilidades ou estratégias utilizadas por estes, e podem ser intrínsecas ou extrinsecamente gratificantes.                                                                                         
Apesar de apresentar uma concorrência entre oponentes, composta por regras e a busca pelos recordes Betti retrata o desenvolvimento do esporte através de um desenvolvimento da parte lúdica, na qual esta deve ter como propósitos a descontração, diversão e a interação pessoal.
Portanto, no significado propriamente dito da palavra esporte o que vem a tona é a diversão, servindo de base ate hoje para quase todas as definições atuais. É possível constatar isso através de algumas citações supracitadas onde os autores fazem referencias do jogo como sendo elemento do esporte onde o mesmo apresenta características lúdicas. Outros retratam o conceito de esporte fazendo referencia ao ganhar, conquistar recordes, vitórias, onde as regras não são modificáveis e são regidas por entidades esportivas, sendo os resultados passíveis de comparações com os de outras competições.
    O esporte atualmente é considerado um dos maiores fenômenos sociais do século. Esta evolução fez com que o mesmo assumisse múltiplas possibilidades, interessando diversos setores como, por exemplo, o político, o econômico, o social, o cultural, o educacional, entre                                          outros.
    Especificamente no educacional vários benefícios podem ser alcançados dependendo dos processos e procedimentos pedagógicos empregados, como por exemplo, cooperação, socialização, liderança, respeito, entre outros, fazendo do esporte um importante elemento na preparação de crianças e jovens para a vida em                                                                                                                                              sociedade.
    Vale salientar também que o esporte trabalhado com um molde técnico, em busca da vitória, de novos êxitos buscando sempre a competição pode ocasionar alguns distúrbios na vida de crianças e jovens.
    Considerando que a iniciação da criança na prática esportiva se dá na maioria das vezes no ambiente escolar, é neste contexto que podem ser encontrados os grandes erros que constituem hoje em um problema deste conteúdo da educação física.

COCLUSÕES DE JOGO E ESPORTE
Nessa relação conceitual entre jogo e esporte, podemos afirmar que o esporte é apenas uma das manifestações de jogo, dentro de um contexto bastante socializado e universal. Porém, Bruhns deixa claro que não se deve restringir o jogo,
 Como imposição de regras, modelos, busca de rendimento, recordes, medalhas, juízes, capitães, etc., que, se por um lado, caracterizam o esporte, acabam descaracterizando o jogo, o qual apresenta componente como a espontaneidade, a flexibilidade, o descompromisso, a criatividade, a fantasia, a expressividade, etc., com características culturais próprias (BRUHNS 1996, p. 39).
Dessa forma, a autora deixa bem claro que, as relações brincadeira, jogo e esporte têm por um lado, brincadeira e jogo, categorias absolutamente vinculadas às culturas humanas locais, e por outro lado, o esporte, um fenômeno que, por ter se globalizado, pertence a uma dimensão cultural mundial.
Assim, outra dimensão preponderante do esporte moderno, a sua institucionalização, ganha importância. O esporte é organizado e institucionalizado por meio de suas entidades, ligas, associações e federações. Essa institucionalização, o surgimento desses órgãos que comandam e detêm o poder no meio esportivo, faz com que surja toda uma classe dirigente e também toda uma disputa por esse poder. Trava-se no meio de entidades esportivas uma verdadeira luta política para dominar essas instituições, ditando assim os rumos do esporte, e detendo o controle sobre o patrimônio financeiro e também sobre o status social que advém do esporte.
Quanto mais nos esforçamos por estabelecer uma grande separação entre a forma a que chamamos “jogo” e outras formas aparentemente relacionadas a ela, mais se evidencia a absoluta independência do conceito de jogo (HUIZINGA, 2007, p. 7).
 Embora sejam atividades distintas, brincadeira, jogo e esporte possuem profundas relações e interfaces e, por pertencerem à grande “família” da cultura lúdica humana, seja local, ou então global, estão sempre se influenciando reciprocamente. Mais do que um continuum estanque, estas três categorias estão sempre em contato e possuem diversas intersecções e interfaces, se modificando mútua e continuadamente (KNIJNIK; KNIJNIK, 2004).


Um comentário:

  1. Bom refletindo o tema do trabalho apresentado baseando pelo autor Huizinga e seu livro "o jogo como elemento da cultura" posso dizer que o jogo é uma atividade livre, com conciência de não ser serio e exterior a vida habitual, mas ao mesmo tempo é capaz de absorver quem esta jogando de maneira intensa e total. Não há interesse material, e não se obtem nenhum lucro, sendo praticado em limites e espaços próprios, segundo uma certa ordem e regras.
    E Valter Bracht acredita que o esporte comrompe caracteristica do jogo com a esponeidade e a despreocupação, racionalizando o lúdico.Huizinga diz que a sistematização e a regulamentação é cada vez maior do esporte implicam a perda de uma parte das caractristicas lúdicas mais puras.
    Tomando como ponto de partida as referencias acima posso afirmar que o esporte tem sua origem do jogo mas se diferencia do jogo quando se torna mais sistematizado, unificando para regras mundiais onde o rendimento e o resultado são mais valorizados que viveer o lúdico em sí.mas o que posso considerar é que devemos valorizar a viv~encia tanto do jogo quanto do esporte ancorando valores próprios e devemos sempre analisar a compreensão dos conceitos entre jogo e esporte.,

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